Ingrid Oliveira, de 28 anos, vai para a sua terceira edição dos Jogos Olímpicos mais forte do que nunca, fisicamente e mentalmente. A atleta, que representa o Brasil na plataforma de 10m dos saltos ornamentais, conversou com Quem sobre o foco e os treinos físicos para conquistar um bom resultado na competição tão aguardada em Paris, na França.
“Quando entramos na Vila Olímpica, já não há muito mais o que fazer. É se concentrar ao máximo, descansar bem e esperar a competição começar. Porque, na verdade, toda a nossa preparação foi feita desde o fim do ano anterior, quando iniciamos a pré-temporada. Treinamos de segunda a sábado, sendo três dias em dois períodos, 8 às 12h e 14h às 17h. Só temos o domingo de folga. É assim no Brasil, tem sido assim no Canadá e será assim nos próximos treinamentos no exterior”, conta.
“Além das atividades na piscina e no ginásio seco, nós fazemos musculação, preparação física e contamos com o suporte de fisioterapeutas e massoterapeutas para acelerar a nossa recuperação”, destaca.
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Saúde mental
Em 2022, quando alcançou o top cinco nos Saltos Ornamentais, Ingrid precisou fazer uma pausa para cuidar de lesões no punho e nas costas, além de uma depressão. Mais do que nunca, ela sabe da importância do cuidado com a saúde mental e de curtir os poucos momentos de lazer com o namorado, o ginasta Tomas Rodrigues.
“Assim como a maioria dos atletas de alto rendimento, também tenho um acompanhamento psicológico regular. É algo importante para a minha carreira e também para a minha vida pessoal. Graças a este trabalho que consigo me manter focada no dia a dia e também na hora da competição”, diz.
“Os momentos de lazer são fundamentais. Temos uma rotina muito puxada, com treinos seis vezes por semana. Então, quando não estou treinando, procuro me desligar totalmente. Gosto de ficar em casa com o meu namorado e os meus gatos, assistir a séries e filmes, e também adoro dormir”, explica.
Trajetória
Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, Ingrid na pré-adolescência começou a fazer ginástica artística por incentivo da mãe. Inspirada pela irmã, ela se aproximou dos Saltos Ornamentais e se encontrou ali nas plataformas. Sua primeira superação foi o medo da altura. Após isso, ela acumula conquistas e se prepara para mais vitórias em Paris.
“No início, eu só ficava observando minha irmã saltar por causa do medo de altura. Quem me convenceu a saltar aos poucos foi a Andréia Boehme, minha treinadora no Fluminense. Comecei na menor altura, que são os trampolins de 1m, e depois fui subindo até chegar à plataforma de 10m. Faço saltos ornamentais há 15 anos e compito em alto nível há mais de dez. Podemos dizer que hoje sou uma atleta mais experiente, que passou por muita coisa no esporte e me sinto mais bem preparada para as competições”, declara.
“Todo atleta sonha disputar os Jogos Olímpicos, que é onde estão os melhores atletas do mundo. Isso é motivo de orgulho. E, para conquistar um bom resultado em Paris, sei que preciso acertar os meus saltos, porque o nível de competitividade é altíssimo”, almeja.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/Instagram
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