O furacão Beryl segue avançando pelo Atlântico Norte e já atingiu categoria 5 ao atravessar o Caribe, depois de levar devastação para as Ilhas de Barlavento, onde pelo menos uma pessoa morreu.

Sua intensidade também marca apenas a segunda vez que um furacão no Atlântico atinge o status de categoria 5 em julho, depois do Emily em 17 de julho de 2005, de acordo com informações da CNN baseadas em dados do Centro Nacional de Furacões.

“Flutuações na força são prováveis durante o próximo dia, mas espera-se que Beryl continue sendo um grande furacão extremamente perigoso à medida que se move sobre o leste do Caribe”, disse o centro.

Segundo o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell, houve relatos generalizados de destruição e devastação em Carriacou e Petite Martinique: “Em meia hora, Carriacou foi achatado”, disse, acrescentando não haver relatos imediatos de mortos ou feridos em Granada.

A ilha Union, ao norte de Granada, foi devastada, com relatos indicando que 90% das casas foram severamente danificadas ou destruídas, segundo a CNN.

A chegada de Beryl marca um início excepcionalmente precoce para a temporada de furacões no Atlântico. As águas oceânicas anormalmente quentes que facilitaram o fortalecimento alarmante de Beryl são um indicador claro de que esta temporada de furacões estará longe do normal devido ao aquecimento global.

“Os furacões não sabem que mês é, eles só sabem qual é o seu ambiente ambiente”, disse à CNN Jim Kossin, especialista em furacões e conselheiro científico da organização sem fins lucrativos First Street Foundation.

Kossin acrescentou que o calor do oceano que alimenta o fortalecimento sem precedentes de Beryl “certamente tem uma impressão digital humana neles”.

 

Fonte: Agência O Globo
Foto: Randy Brooks/AFP