Autoridades e oficiais de guerra dos Estados Unidos temem, nos bastidores, que em caso de uma guerra total entre Israel e o Hezbollah, os sistemas de defesa aéreas de Benjamin Netanyahu — incluindo o famoso “Domo de Ferro” — fiquem sobrecarregados. Segundo a CNN, pelo menos três autoridades manifestaram preocupações de que o sistema possa ser vulnerável ao arsenal de mísseis e drones do grupo apoiado pelo Irã.

Autoridades israelenses disseram aos EUA que planejam transferir recursos do sul da Faixa de Gaza para o norte de Israel, em preparação para uma possível ofensiva contra o grupo, disseram autoridades dos EUA à CNN na quarta-feira (19). “Avaliamos que pelo menos algumas baterias do ‘Iron Dome’ ficarão sobrecarregadas”, disse um alto funcionário do governo.

O cenário de sobrecarga seria mais provável se o Hezbollah fizesse um ataque de grande escala usando principalmente armas guiadas de precisão, o que poderia representar um risco para o sistema israelense de proteção aérea. Segundo fontes do veículo americano, o Hezbollah tem armazenado munições guiadas de precisão e mísseis do Irã há anos.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disse não ter conhecimento de qualquer dano ao sistema. Mas as autoridades israelenses disseram aos EUA que acreditam que o Domo de Ferro pode ser vulnerável, especialmente no norte de Israel.

 

Como funciona o Domo de Ferro?

Israel conta com um sistema antimísseis conhecido como Domo de Ferro, sistema de defesa projetado para deter em pleno ar mísseis que adentrem o território israelense. Os dispositivos inimigos são detectados por meio de um radar, e o sistema rapidamente calcula se o foguete deve cair em uma área habitada ou atingir uma infraestrutura importante. Caso represente uma ameaça, mísseis são disparados para atingir o artefato inimigo.

O sistema de radar é capaz de detectar foguetes entre 4 e 70 km de distância. Já os mísseis podem defender uma área de 150 km². Segundo Israel, o sistema tem 90% de eficiência.

 

Fonte: Agência O Globo
Foto: Mahmud Hams/AFP