As intensas chuvas que caíram nesta quinta-feira (13) no centro e sul do Chile deixaram um morto e mais de 4.000 afetados, segundo as autoridades, que declararam estado de “catástrofe” em cinco regiões do país.
“Estas chuvas vão continuar com muita força (…) lamentamos a primeira morte”, disse o presidente Gabriel Boric, em uma mensagem na Suécia, onde se encontra em visita oficial, sobre o “alarme”, o nível mais alto de alerta à população emitido pela Direção Meteorológica do Chile.
O “alarme” inclui as regiões de Coquimbo, no norte; Valparaíso e Metropolitana, no centro, e O’Higgins, Ñuble e Biobío, no sul, devido a chuvas e ventos anormalmente intensos.
A ministra do Interior, Carolina Tohá, informou que para acelerar a mobilização de recursos foi declarado estado de “catástrofe” em cinco destas regiões.
Em Santiago, prevê-se que caiam cerca de 80 mm de água em poucas horas, a mesma quantidade esperada para um mês inteiro de junho em um ano normal. As chuvas ocorrem depois de mais de uma década de seca na região central do país.
A frente é acompanhada “por um rio atmosférico” categorizado entre 4-5 em uma escala de no máximo cinco, devido à quantidade de vapor de água disponível para precipitação, segundo a Direção Meteorológica.
O último registro do Senapred (Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres) estimou 4.304 pessoas afetadas, concentradas por enquanto em cidades do sul do país.
A área mais afetada é a cidade de Curanilahue, onde dois rios transbordaram e inundaram as ruas da região.
As autoridades decretaram a suspensão total das aulas para Santiago e outras quatro regiões do país, e pediram à população que limitasse as suas viagens.
Na cidade de Viña del Mar, a 110 km de Santiago, as autoridades estão em alerta para o possível desabamento de um prédio de 12 andares e 200 apartamentos no setor Reñaca. As chuvas do fim de semana provocaram um buraco de 15 metros de comprimento e 30 metros de profundidade sob a propriedade.
Fonte: AFP
Foto: Rodrigo Arangua/AFP
Comentários