Paraense vai disputar a Copa do Mundo de paintball pela seleção brasileira, na França

– Sonhei tanto com esse dia, agora é realidade. Faço parte da primeira seleção feminina do país. Me sinto extremamente honrada em participar desse projeto. Então, é treinar muito, focar na equipe, arranjar alguns euros e arrumar as malas pra França. Responsabilidade ainda maior por ser a única representante do Norte.

Natália tem 36 anos e pratica paintball desde 2016. O que começou como lazer, virou uma paixão. Como jogava ao lado de homens, acabou indo para o Headshot, primeiro time feminino de paintball do Brasil na modalidade cenário, sendo uma das diretoras, além de atleta.

Com o passar do tempo, o time acabou parando e Natália acabou indo para o MPB – Mulheres no Paintball do Brasil, uma equipe formada por atletas de todo o país. Hoje, a paraense integra a Cia Chernobyl de Paintball, o time de São Paulo. Em Belém, ela treina com o BOP, uma das principais equipes do estado.

Pra chegar à convocação final para a Copa do Mundo, Natália precisou passar por um processo seletivo, que iniciou em 2023. A paraense é uma das 12 convocadas do time feminino do Brasil, que terá a segunda maior delegação do torneio, atrás apenas dos EUA. Além das mulheres, a Seleção terá equipes no masculino, master, sub-16 e sub-19.

– Eu sempre quis jogar um campeonato internacional, com um time totalmente brasileiro. A seleção brasileira era um sonho que parecia muito distante. Quando houve o convite, topei na hora. Acreditei e meti a cara, mesmo sem condições. Vestir o uniforme do nosso país, numa copa do mundo, é algo que poucos vão realizar na vida, então, é inexplicável ter essa oportunidade, ainda mais podendo representar meu estado e nossa região – conta Natália em entrevista ao ge Pará.

Agora, a atleta paraense corre contra o tempo atrás de apoio e patrocinadores para poder arrecadar cerca de R$ 16 mil para custear as despesas com a viagem até à França.