A sua conturbada saída em julho de 2019 não diminuiu o amor de Anderson Varejão pelo Flamengo. Pelo contrário. Morando atualmente em Cleveland, nos Estados Unidos, o pivô de 37 anos afirma que não guarda nenhum ressentimento por ter deixado o clube após uma proposta de redução de 70% do seu salário. Afastado do basquete desde o Mundial da China – sua última partida foi no dia 9 de setembro do ano passado, contra os EUA -, Varejão faz planos de jogar mais um ano enquanto acompanha os primeiros meses de vida da filha Serenee, nascida em abril.

– Guardo muitas boas lembranças da minha passagem pelo Flamengo. O carinho da torcida, a alegria do nosso grupo, as conquistas que tivemos… Isso eu vou carregar comigo para sempre. Fui muito feliz no Flamengo. Queria jogar no meu clube do coração, sonhava com isso, em poder vestir o manto. E consegui realizar esse sonho, algo que foi ainda mais especial por ter sido campeão. Vencemos o Carioca, a Copa Super 8 e o NBB, uma sensação diferente, difícil de explicar, um grupo espetacular, que vivia numa sintonia muito bacana – destacou.

Com propostas de clubes do Brasil, da Ásia, da Europa e até da NBA após deixar o Flamengo, Varejão contou que preferiu se afastar do basquete para acompanhar de perto a gravidez da esposa, Stacy. No dia 8 de abril deste ano, o casal foi agraciado com a chegada de Serenee. Ocupado com as funções de pai, Varejão deixou os treinos físicos de lado, principalmente após o agravamento da pandemia do novo coronavírus.

– Fiz uma escolha, de ficar ao lado da minha esposa durante a gravidez. Queria acompanhar de perto, estar junto dela e ver a minha filha nascer. É um momento único, queria estar com elas e foi maravilhoso. Eu vinha mantendo uma rotina com treinos com bola e parte física, atividades e academia mas, com a pandemia, tive que parar com tudo. E estou em casa desde então, onde não consigo fazer muita coisa. Já faz pouco mais de dois meses. É necessário, precisamos ter paciência e consciência de que o momento exige isso, que estejamos em isolamento – frisou.

Sobre a emoção de ser pai, o pivô de 2,11m, afirmou que sua vida ganhou um novo sentido após a chegada de Serenee.

– Estou vivendo algo que nunca imaginei… É especial, maravilhoso, sempre quis ser pai e estou vivendo um momento mágico. Sem palavras… Tudo é novo, a pessoa tem que ser pai para entender o que é viver isso, cada dia é uma surpresa e estou aproveitando cada minuto ao lado delas – contou.

Oriundo de uma família de apaixonados pelo basquete – seu irmão mais velho, Sandro Varejão, também foi pivô, tendo tido destaque por Vasco e Franca – Anderson afirmou que deixará Serenee livre para fazer suas escolhas no futuro, descartando a possibilidade de influencia-la a também ser jogadora de basquete.